O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, descartou qualquer tipo de negociação com a líder opositora María Corina Machado. Em uma coletiva realizada no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na sexta-feira, 9 de agosto de 2024, Maduro classificou Machado como “foragida da Justiça” e insistiu para que ela se entregue às autoridades judiciais do país.
“O único que tem que negociar neste país com [María Corina] Machado é o procurador-geral. Que ela se entregue à Justiça, encare os fatos e responda pelos crimes que cometeu. De verdade, essa é a única negociação que cabe aqui,” afirmou Maduro, deixando claro que não há espaço para concessões políticas.
O Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela, que é controlado pelo chavismo, declarou a vitória de Nicolás Maduro mais de duas semanas após o pleito. Contudo, o CNE ainda não apresentou as atas eleitorais. María Corina Machado, que lidera a oposição, prontificou-se a entregar ao governo brasileiro e a outros governos interessados as atas de apuração das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.
“Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil e a qualquer outro governo do mundo que quiser constatar a validez do que temos,” declarou María Corina em entrevista ao jornal O Globo. A base de apuração conduzida por María Corina e González aponta uma vitória do candidato oposicionista com 67% dos votos.