O empresário Argino Bedin foi recebido nesta terça-feira (3) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Após ser acusado pelos parlamentares governistas de financiar um suposto golpe e ter a intimidade de sua família exposta, ele chorou e se emocionou com as falas do deputado federal Filipe Barros (PL-PR).

O parlamentar fez algumas considerações sobre a situação política do país e das acusações que fazem contra os manifestantes que estavam em Brasília no dia em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas.

Barros então comentou que o produtor de soja é acusado de financiar os atos, porque caminhões em seu nome e em nome de seus familiares estavam em Brasília na data, mas uma posição foi esquecida pelos acusadores: Bedin estava com as contas bancárias bloqueadas desde novembro de 2022.

Como ele pode ter financiado os atos de 8 de janeiro se as contas dele estavam bloqueadas desde novembro? Então, o que estamos vendo hoje é um triste episódio de abuso de autoridade, onde os parlamentares governistas estão expondo, de modo vexatório e vergonhoso, um empresário de sucesso e a família dele – disse o parlamentar.

Quando Barros termina de falar, é possível ver que o empresário está emotivo e chorava. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) se aproxima do idoso de 72 anos e o abraça. Em outro momento, é a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que abraça o depoente e ele chora.

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