Gustavo Petro determinou a passagem para a reserva de comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, está promovendo uma mudança inédita na cúpula militar do país, elevando a tensão entre o governo de extrema esquerda e as Forças Armadas do país.
Petro determinou a passagem para a reserva (aposentadoria) de 22 generais da Polícia Nacional, 16 do Exército, sete da Marinha e três da Aeronáutica.
Segundo o chefe do Executivo, o critério usado para mudar a cúpula militar do país foi “violação zero dos direitos humanos e corrupção zero”. No entanto, a declaração de Petro soou como acusação aos que estão de saída.
No anúncio oficial, Petro estava acompanhado pelos novos comandantes e seu ministro da Defesa, o jurista Iván Velásquez — conhecido por sua defesa dos direitos humanos e por estar por trás de denúncias judiciais contra o ex-presidente Álvaro Uribe.
O novo comandante das Forças Armadas, o general Helder Giraldo Bonilla, é formado em direitos humanos e atuou na implementação de programas na área. No ano passado, ele esteve à frente de uma tropa de 25 mil homens que atuou durante uma greve nacional contra o governo de Iván Duque.
O engenheiro naval José Joaquín Amézquita passa a ser responsável pelo Estado Maior, enquanto o general Luis Mauricio Ospina, com formação em direitos humanos, tornou-se comandante do Exército.
“O sucesso dessas forças será medido na redução substancial dos massacres e no aumento das liberdades e direitos”, disse o presidente.