Depois do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, cuja palestra foi cancelada no Estado por pressão da população, agora é o ministro Dias Toffoli, ex-ministro da Corte, cuja palestra no Rio Grande do Sul pode ter o mesmo destino.
Os protestos iniciaram tão logo foi anunciada uma palestra de Toffoli 26ª Jornada Internacional de Direito, prevista para os dias 8 e 9, em Gramado.
Aos protestos se associaram os cancelamentos de apoio ao evento, em razão da programada presença de Dias Toffoli.
De acordo com o jornalista Políbio Braga, que publicou informações sobre o protesto, até mesmo um conceituadio hotel de Gramado se retirou da lista de patrocinadores da 16ª Jornada. A direção do hotel não queria seu nome misturado à presença do ministro.
O diretor comercial do Hotel Serra Azul, Carlos Eduardo Perini, solicitou aos promotores do evento a retirada do nome do estabelecimento da programação original como apoiador, segundo informou Braga.
Cidade mais visitada por turistas no Rio Grande do Sul, sobretudo aqueles que procuram a Serra Gaúcha, Gramado tem 35 mil habitantes. Ali, nas eleições presidenciais de 2018, oito de cada dez votos foram consignados para Jair Bolsonaro.
O caso Dias Toffoli é semelhante ao que aconteceu em Bento Gonçalves, quando o Centro da Indústria e Comércio (CIC) teve que cancelar uma palestra-jantar do ministro Luiz Fux, no SPA do Vinho. A OAB local chegou a assumir a promoção da palestra-jantar, mas a segurança do STF recomendou ao ministro que cancelasse sua ida ao município que é a capital brasileira da uva e do vinho.