Pros acusa seu fundador de sumir com helicóptero e bens avaliados em R$50 milhões

Acusado de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, entre outras alegações, o fundador do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), Eurípedes Junior, agora foi denunciado à Polícia Civil de Goiás, na cidade de Planaltina, por sumir com um volume impressionante de bens pertencentes à sigla, incluindo equipamentos gráficos avaliados em mais de R$50 milhões.

A confusão ocorrida nesta sexta-feira (4) ocorre às vésperas do julgamento na apenas quatro dias do julgamento da ação, previsto para a próxima terça-feira (8), em que dirigentes do Pros tentam na Justiça manter Eurípedes Júnior afastado da gestão do partido, até em razão de negócios extravagantes que teriam sido realizados com recursos públicos do Fundo Partidário.

O processo no do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios começou a ser julgado há um mês. O relator do caso, desembargador Diaulas Costa Ribeiro, acolheu o pedido para afastar Eurípedes Júnior da direção e para que ele entregue as chaves dos imóveis do partido.

O desembargador também determinou que Eurípedes entregue o helicóptero que adquiriu, dez automóveis e as senhas do sistema de gerenciamento de informações partidárias (SGIP) e do Sistema de Filiação Partidária (Filia), além dos logins e senhas do site e das redes sociais do partido. O desembargador Robson Teixeira pediu vista e o caso voltará a julgamento nesta terça (8).
Na ação que tenta destituí-lo do comando do Pros, Eurípedes se cerca de alguns dos advogados mais influentes e caros que atuam no Distrito Federal, inclusive ex-desembargadores do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). A suspeita é que o dinheiro para pagar a defesa de Eurípedes saiu dos cofres do partido.
Eurípedes foi denunciado na polícia por Marcus Holanda, o atual presidente nacional do Pros. No Boletim de Ocorrência, Holanda relata que Eurípedes retirou o maquinário da gráfica do partido durante a noite de sexta (4).