Codinome barba: ex-tesoureiro PT, compadre de Lula, é réu em outro caso de roubo na Petrobras

Cúmplices do roubo fizeram acordo e entregaram provas à Justiça

O juiz Luiz Antônio Bonat, titular da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus, em mais um processo de roubalheira de dinheiro público promovido nos governos do PT, o compadre e amigo do ex-presidente Lula João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido dos Trabalhadores (PT), mais duas cúmplices e dois executivos da Doris Engenharia

Eles são acusados de desviar mais de R$3,6 milhões de contratos de serviços de engenharia em navios plataforma da Petrobras. Após uma operação triangular, o dinheiro roubado foi entregue a Vaccari, de acordo com as investigações.

O MPF pediu condenação na esfera penal, multa pelos valores roubados e pelos danos causados à Petrobras, além do bloqueio de bens no valor de R$7,3 milhões.

Os executivos da Doris, subsidiária de um conglomerado francês, de acordo com o MPF, usaram o intermediário ou “operador” Zwi Skornicki para pagar propinas ao ex-gerente-executivo da Petrobras Pedro Barusco, em troca de contratos de prestação de serviços de engenharia de oito navios plataforma da estatal de mais de US$200 milhões.

Um contrato fictício com uma empresa de consultoria de Zwi Skornicki, no valor de R$ 3.658.500,13, foi utilizado no esquema para roubar a Petrobras, sendo que parte do valor acabaria em uma conta do “operador” na Suíça.

No total, segundo o MPF, foram identificadas 27 transferências bancárias entre 2011 e 2014 para as contas dessas empresa, somando quase R$650 mil.

O “operador” do esquema e o ex-gerente da Petrobras fecharam acordo de colaboração premiada com o MPF, confessaram os crimes praticados e entregaram documentos comprobatórios.