No enfrentamento a Covid-19, 54.873 pessoas foram imunizadas em três dias de da Campanha de Imunização com doses da Janssen nos treze municípios de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, iniciou a imunização em massa nestes municípios na última sexta-feira (2).
Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, Mato Grosso do Sul será o primeiro Estado do Brasil a sair desta pandemia. “Nós conseguimos esse feito histórico. Estamos iniciando esse processo de imunização hoje (2), nos 13 municípios que compõe a região de fronteira de nosso Estado. Acredito que é a maior conquista que nós tivemos no enfrentamento à Covid”.
Segundo levantamento realizado pela SES, os municípios de Ponta Porã e Corumbá foram os que mais aplicaram as doses da Janssen em três dias. Ponta Porã aplicou 18.551 doses e Corumbá 16.657 doses. Outros municípios menores também fizeram recordes de aplicação como: Mundo Novo com 5.076 doses; Bela Vista com 3.847 doses e Sete Quedas com 3.197 doses.
Geraldo Resende percorreu alguns municípios acompanhando o início da vacinação. Esteve na sexta-feira (2), em Corumbá onde a campanha foi lançada e em Ladário. No sábado (3), esteve presente nos municípios de Ponta Porã e Amambai.
Além dos municípios citados, o estudo atende também as cidades de: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Porto Murtinho e Sete Quedas. Estes municípios receberam 165,5 mil unidades de vacina da Janssen, que estão sendo aplicadas em dose única na população acima de 18 anos, para formar um “cinturão sanitário” em toda a região.
O Estudo
Encabeçado pelo infectologista Júlio Crodda através do grupo VEBRA COVID-19, o estudo tem o apoio da Opas (Organização Pan Americana da Saúde) e é composto por diversas instituições, como Fiocruz, UFMS, Stanford University, Yale university, Instituto de Salude Global de Barcelona, Universidade da Florida, entre outras.
Júlio Crodda explica que o estudo será de extrema importância. As 165,5 mil doses não estavam previstas na distribuição regular da vacina. “Elas virão exclusivamente porque existe uma pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde. Ou seja, são doses adicionais de vacina, principalmente para gerar evidência científica para o Brasil e para o mundo da efetividade da vacina da Janssen para a nova variante Gamma (P1)”, conclui o infectologista.