Deputado federal de primeiro mandato, Luís Cláudio Miranda (DEM-DF) ganhou os holofotes nesta semana ao afirmar que alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. As declarações chamaram atenção da CPI da Covid, que vai ouviu o parlamentar nesta sexta-feira (25).
Eleito pelo Distrito Federal em 2018, o deputado foi o sexto candidato mais bem votado na capital, com pouco mais de 65 mil votos.
Miranda ganhou notoriedade com um canal que mantinha no YouTube, onde dava dicas para o seus seguidores sobre como empreender nos Estados Unidos. Morando no país norte-americano desde 2014, o então candidato fez toda sua campanha eleitoral de 2018 sem estar em Brasília.
No entanto, foi justamente a sua atuação nos Estados Unidos que gerou as principais polêmicas do deputado. Em 2019, uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou supostas vítimas que alegaram ter sofrido golpes milionários após investirem em negócios que Miranda mantinha no Estados Unidos. Uma das pessoas entrevistadas pela emissora disse que teve um prejuízo de cerca de R$ 150 mil.
No mesmo ano, a Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia de estelionato contra o deputado em ação envolvendo o uso de cheques falsos para o pagamento de dívidas.
Veja o vídeo:
Luis Miranda foi acusado de compra de votos
Em outra polêmica, os suplentes de Miranda registraram uma denúncia contra o parlamentar por suposta compra de votos durante sua campanha eleitoral, em 2018. Os denunciantes alegaram que ele realizou o sorteio de dois celulares aos seguidores que mais interagissem em uma live transmitida em 14 de agosto daquele ano – dois dias antes do começo oficial da campanha.
A acusação ainda afirmava que Miranda usou o próprio cartão de crédito para patrocinar o post do sorteio na internet e que essas despesas deveriam ter sido pagas por meio de uma conta exclusiva da campanha.
No entanto, Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal rejeitou as acusações e decidiu manter o mandato do parlamentar. A Justiça Eleitoral entendeu que não houve provas robustas que configurassem compra de votos ou de que houve impulsionamento irregular.
Em 2019, o deputado foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por suspeita de estelionato. Segundo a denúncia, Miranda e outras duas pessoas teriam apresentado um cheque falso para pagar uma dívida de aluguel, em 2010.