O Exército de Israel afirmou na noite desta sexta-feira (25/10, horário de Brasília) que está fazendo “ataques direcionados contra alvos militares” no Irã. A mídia estatal do Irã afirmou que várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã.
Desde ataques iranianos com mísseis contra Israel no início do mês, era esperada alguma retaliação por parte de Tel Aviv.
As forças israelenses afirmaram que, “como qualquer outro país soberano do mundo”, o país teria “o direito e o dever de responder” a ataques que “o regime do Irã e seus representantes na região” têm realizado contra Israel desde 7 de outubro de 2023.
Nessa data, o grupo palestino Hamas realizou vários ataques a Israel, matando aproximadamente 1200 pessoas e levando cerca de 250 reféns para Gaza. Desde então, em retaliação, os ataques de Israel ao território palestino já deixaram mais de 42.840 mortos em Gaza, segundo o ministério da Saúde administrado pelo Hamas.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, gravou um vídeo anunciando os ataques contra o Irã nesta sexta.
Nas últimas semanas, o conflito escalou em direção ao Líbano, onde Israel realiza ofensiva contra o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã como o Hamas.
“Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas”, disse o e o exército israelense nessa sexta-feira.
Desde os ataques de 7 de outubro de 2023, analistas e governos de todo o mundo expressaram preocupação de que o conflito pudesse provocar uma reação em cadeia na região — e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses.
No que pareceu uma retaliação, o Irã atacou Israel com drone e mísseis em 13 abril.
No início de outubro, a Guarda Revolucionária do Irã novamente atacou Israel com mísseis, e descreveu o ataque como uma retaliação pelo assassinato em julho do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assim como do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em setembro.
Em meados de outubro, Israel matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, em Gaza.