“Aparelhamento do Estado”: Lula conclui troca de ‘zagueiros’ no STF e MJ

A nomeação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça não surpreendeu a ninguém, nem mesmo as pedras portuguesas encardidas da Praça dos Três Poderes. Pareceu jogo combinado, dos movimentos para antecipar sua aposentadoria ao breve período na advocacia de luxo, passando pela chocante presença em evento do MST, tudo parecia encaminhado para a troca de zagueiros de confiança de Lula (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF). A troca de cadeiras com Flávio Dino.

Oficialmente a serviço de Lula, Lewandowski será o veículo condutor “natural” das relações (e dos recados) do governo com o STF. O novo ministro preocupa especialistas em segurança pública, que não esquecerem: ele é uma espécie de “pai” das audiências de custódia.

Presos em flagrante são levados a audiências de custódia em até 24 horas, o que, segundo fontes policiais, resulta na soltura de 70% deles.

Acusado ligações ao PT, Lewandowski cumpriu papel, às vezes solitário, reconhecido pelo maior beneficiário: o presidente que agora o nomeou.