O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) revelou, nesta quarta-feira (30), que os representantes da oposição na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro avaliam a possibilidade de encaminhar ao Procurador-Geral da República (PGR) pedido de prisão do ministro da Justiça, Flávio Dino, em razão das suspeitas de ocultação e destruição de provas de suposta omissão do ministro durante os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Desde a tarde desta terça-feira (29) começaram a circular rumores sobre a eliminação automática das imagens capturadas pelas câmeras de segurança interna da sede do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro, que foram requeridas pela CPMI há mais de um mês.
Diante dessa suspeita, Marcon afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, que a bancada da oposição já solicitou esclarecimentos sobre o contrato firmado com a empresa responsável pelos serviços de segurança a fim de verificar se estava prevista a retenção dessas imagens por pelo menos um ano. Essa política de retenção é similar à adotada no Palácio do Planalto e no Itamaraty, onde o Ministério das Relações Exteriores está sediado.
O deputado gaúcho expressa seu ceticismo quanto ao fato de que as únicas imagens apresentadas por Flávio Dino à CPMI obtidas de duas câmeras foram fornecidas pela mesma empresa contratada, sem aparentes edições. “É tudo muito suspeito. Uma demora dessas para o ministro entregar as imagens ou confirmar ou não a existência delas”, disse.