O professor de Economia Elias Jabbour, que irá trabalhar com Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco Brics, já declarou publicamente ser a favor de pena de morte para quem se manifesta contra o socialismo. As declarações foram dadas em um podcast em 2022 e resgatadas por internautas, às vésperas de o professor assumir a Diretoria de Pesquisas do NBD, na China.
Na ocasião, no Inteligência Ltda., Jabbour disse que a pena de morte deve ser aplicada àqueles que estiverem “a serviço de potências estrangeiras”. Para ele, Estados revolucionários não devem permitir “subversão ao sistema”, porque podem ver a experiência socialista “ir para o buraco”.
O entrevistador Rogério Vilela disse que o Estado matou deliberadamente gente contrária ao regime cubano, ao passo que Jabbour respondeu:
– Sim. Quem colocou bomba em avião tem que morrer mesmo – disse referindo-se ao episódio de uma explosão em um avião de Bahamas para Cuba em 1976.
– Seus cúmplices de Cuba foram condenados à morte. Você vai fazer o quê? Você é um Estado revolucionário. Você é um Estado que está sob cerco. Se você começa permitir esse grau de subversão ao sistema, aquilo vai para o buraco.
Vilela perguntou diretamente se o professor é favor então da pena de morte, e ele respondeu: “No socialismo sim”.
O professor também argumentou que apenas os pobres morrem no capitalismo. Vilela, por sua vez, questionou se os pobres também não morreram no socialismo.
– Tudo bem, mas eram pobres a serviço de uma potência estrangeira – afirmou Jabbour, reiterando que neste caso a pena de morte é justificável.
No entanto, o acadêmico declarou que quem se opõe a um governo de direita tem que ser considerado “herói”.
– Aqui [no Brasil], seriam heróis. Porque temos um governo reacionário – disse em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL), vigente na época.
Elias Jabbour está em Xangai, na China, para, de uma tacada só, assumir seu posto no Brics e receber o Special Book Award of China, principal prêmio literário chinês para estrangeiros, A premiação se deve à produção do livro China: O Socialismo do Século XXI, escrito em parceria com Alberto Gabriele. Eles publicaram a obra em 2021.