O deputado federal e presidente do PL-MS, Rodolfo Nogueira é coautor da CPI do MST, comissão que vai investigar quem são os responsáveis pelo financiamento dos criminosos que invadem terras no Brasil. Porém, dos oito deputados federais do estado, apenas quatro assinaram o documento. Os parlamentares Camila Jara, Vander Loubet, ambos do PT, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira, do PSDB não assinaram. O documento atingiu o mínimo necessário de assinaturas e foi protocolado na noite da última quarta-feira (15). De acordo com a Famasul, só no Estado de Mato Grosso do Sul existem 146 fazendas invadidas, havendo áreas invadidas desde os anos 80. “Tenho uma amiga que está impedida de entrar em sua propriedade desde 2013.
A propriedade privada é inviolável e vamos lutar por esse direito”, afirmou o deputado federal Rodolfo Nogueira. O assunto repercutiu mais ainda a nível nacional quando um deputado estadual do MS, Zeca do PT, reclamou que seu amigo teve sua fazenda invadida por índios, no município de Rio Brilhante-MS. Zeca usou a fala na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para dizer que era um absurdo despejarem ônibus com índios que trancaram a porteira da propriedade, resultando no impedimento da retirada de sete mil sacas de soja que foi produzida e na entrada de insumos para plantação do milho. “Pimenta no olho dos outros é refresco, quando provamos do próprio veneno, conseguimos entender o que os outros estão passando todos os dias com a insegurança no campo”, rebateu Rodolfo. O documento, de autoria do deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), aponta como responsável pelas invasões o governo de Lula, por ele incentivar as ações desses grupos, em especial, incentivar o MST. O próximo passo será a leitura do requerimento pelo presidente da Casa de Leis, Arthur Lira (PP-AL) em sessão plenária.