Tarcísio de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, foi empossado governador do estado de São Paulo, em cerimônia na Assembleia Legislativa (ALESP).

Seu discurso, como já era esperado, delineou um futuro de investimentos, reindustrialização, geração de empregos, ampliação de políticas sociais e uma ampla reestruturação do estado mais rico do país. Mas um trecho de sua fala, de pouco mais de um minuto e meio, foi a que teve maior destaque. Nesse momento, Tarcísio resolveu falar, vejam só, de ‘gratidão’… citou Deus, a família e aqueles que estiveram ao seu lado, mas na hora de citar nomes, o primeiro não foi surpresa para ninguém:

“É dia de expressar a gratidão… na política, inicio meus agradecimentos, como não poderia deixar de ser ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou esse desafio, enxergou o que ninguém havia enxergado naquele momento.. quanta ousadia! A montagem do ministério em 2019 já havia sido ousada. Houve a posse de técnicos desvinculados das pressões partidárias, padrão que estamos reproduzindo em São Paulo. Aliás, a indicação irresponsável de dirigentes é a raiz da corrupção, do fisiologismo e, porque não dizer, desmoralizam a própria democracia”, disse Tarcísio, cutucando, ainda que indiretamente, os governos que adotam a prática de ‘alocar’ a ‘cumpanherada’, ainda que isso custe caro ao bolso do povo. O agradecimento do governador, corajoso e direto, em um momento em que muitos preferem se esconder ou atacar, simboliza, mais do que companheirismo e reconhecimento, o nascimento de um novo líder que poderá dar continuidade ao trabalho do capitão.

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