Milhares de pessoas foram à Avenida Paulista, em São Paulo, nesta quarta-feira, 7, para celebrar o bicentenário da Independência do Brasil e demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição nas eleições de outubro. Usando camisas da seleção brasileira ou se vestindo de verde e amarelo, os grupos começaram a chegar por volta das 10h (de Brasília) e se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Carregando bandeiras do Brasil e lotando a principal via da capital paulista, os manifestantes entoaram cânticos que exaltavam o chefe do Executivo. No ato, muitos cidadãos também levaram cartazes que criticavam o Supremo Tribunal Federal (STF). “Presidente acione Forças Armadas para destituir ministros do STF e STE”, “Supremo é o povo” e “Queremos limpeza no STF” foram algumas das mensagens exibidas, que também pediam “votos auditáveis”. O ex-presidente Lula (PT) também foi alvo, sendo xingado em diversos momentos.
Já em Brasília o presidente Jair Bolsonaro (PL) em discurso a manifestantes a seu favor na Esplanada dos Ministérios, que, se eleito, vai “trazer para as quatro linhas da Constituição os que ousam ficar fora delas”. Em sua fala, também fez críticas veladas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu votos nas eleições de outubro, mas não atacou diretamente a Corte nem o sistema eleitoral.
“É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da Constituição. Com uma reeleição, nós traremos para as quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas”, disse o presidente, que discursou em cima de um trio elétrico em frente ao Congresso Nacional, logo após o fim do desfile do Dia da Independência.
Mais cedo, Bolsonaro afirmou, durante café da manhã no Palácio da Alvorada, que “a história pode se repetir” ao citar momentos de ruptura democrática na história brasileira. A fala foi feita ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, de ministros, parlamentares e empresários investigados pelo Supremo.