Lula, Ciro e Tebet já criticaram o sistema eleitoral brasileiro

Pré-candidatos ao Palácio do Planalto atacaram o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 19, em virtude das críticas do chefe do Executivo às urnas eletrônicas. No passado, contudo, esses personagens repetiram Bolsonaro. A seguir, acompanhe a seleção realizada pela Revista Oeste:

Lula

“É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país”, escreveu o petista. “Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo. Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia.”

Em 6 de junho de 2002, meses antes da eleição presidencial, Lula pôs as urnas eletrônicas em xeque. “Nada é infalível, só Deus”, disse. “Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes.” Para ele, dado esse histórico, “não sabemos se a urna pode ser manipulada ou não”.

Simone Tebet

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também se pronunciou nas redes sociais. “O Brasil passa vergonha diante do mundo”, escreveu a parlamentar. “O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro. Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas.”

Há sete anos, no entanto, a congressista defendeu a impressão do comprovante do voto. Tebet apoiou a derrubada do veto da então presidente, Dilma Rousseff, ao voto auditável. “Será que o meu voto depositado na urna, depois de processado, se concretiza?”, questionou, em uma entrevista. “Então, para que o eleitor tenha tranquilidade, e ele possa saber que a partir de 2016 e 2018 ele vai ter a comprovação, nós optamos por derrubar o veto de Dilma.”

Ciro Gomes

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) também entrou no rol dos que atacaram Bolsonaro. Segundo o pedetista, o presidente “cometeu vários crimes de responsabilidade”. “Temos de buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo”, publicou Ciro.

Há um ano, Ciro defendeu a adoção do voto auditável para “aperfeiçoar a urna eletrônica”. “Qual o problema em tornar um sistema, que já é bom, em um sistema melhor?”