Ao final de 16 anos da dinastia de políticos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), iniciada pelo falecido ex-governador Eduardo Campos e mantida até hoje com Paulo Câmara, o Estado de Pernambuco registra o maior percentual da população na pobreza de todos os tempos.
O ano de 2021 fechou com 44% dos pernambucanos na pobreza, totalizando 4,2 milhões de pessoas.
O percentual pernambucano de 44% da população na pobreza corresponde ao dobro da situação nacional. de 22,3%, de acordo com levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), divulgado nesta fim de semana.
É a primeira vez que esse percentual ficou acima de 40% em Pernambuco, na série histórica. O recorde anterior foi de 38,2%, em 2012.
Em termos nacionais, segundo o IMDS, 47,3 milhões de brasileiros terminaram o ano passado na pobreza, o que corresponde a 22,3% da população, sendo o maior percentual em dez anos, levando-se em conta a renda das famílias, o número equivale.
No Nordeste, 5,5 milhões caíram na pobreza somente no ano passado, diz o IMDS, os nordestinos em situação de pobreza saltou para 22,8 milhões – cerca de 40% da população da região.
Pernambuco tinha a reputação de oferecer ao País quadros políticos de elevado nível, mas essa “fábrica de talentos” parece ter fechado as portas com a morte de Eduardo Campos. Aproveitando-se de sua memória, um bando de políticos inexpressivos, que jamais seriam eleitos pelos próprios méritos, se revezam no poder do governo estadual e da prefeitura municipal.
Da direita à esquerda, a capital Recife elegeu prefeitos que figuravam em todas as listas dos melhores do País, de Joaquim Francisco a João Paulo, passando por Jarbas Vasconcelos e vários outros. Desde que o PSB se apossou da prefeitura recifense, como ocorreu no governo estadual, a mediocridade e os escândalos de corrupção se estabeleceram.