A deputada federal e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), tomou café da manhã nesta quarta-feira (1) com o presidente da República Jair Bolsonaro. Em pauta, claro, esteve os arranjos locais para a campanha do presidente à reeleição em Mato Grosso do Sul, e a pré-campanha dela para o Senado.  

O Correio do Estado apurou que a pauta do encontro, além de tratar de alguns temas recentes da agricultura, foi majoritariamente política. Entre os assuntos discutidos foram os apoios de Jair Bolsonaro aos palanques que estão sendo montados em Mato Grosso do Sul.  

As pré-candidaturas de Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB) foram colocadas à mesa. 

Do encontro, a ex-ministra disse que Contar é um “bom moço”, e muito fiel a Bolsonaro, e de que Riedel seria alguém pelo qual o presidente da República teria muita simpatia.  

A apuração, porém, é de que emissários do presidente atuarão nas próximas semanas para convencer Contar a desistir da pré-candidatura ao governo, para não rachar o campo da direita no Estado. 

No núcleo duro do bolsonarismo, o temor é de que uma divisão dos apoiadores neste momento é tudo o que o presidente não precisa em Mato Grosso do Sul, um estado em que ele está na frente nas pesquisas (ao contrário do restante do País) e que espera ter uma vitória expressiva.  

A avaliação também é de que a candidatura de  Capitão Contar poderá enfraquecer a candidatura de Eduardo Riedel, e um eventual candidato ao Senado na chapa do capitão e deputado estadual, também enfraqueceria a candidatura da própria Tereza Cristina, que é uma das prioridades de Jair Bolsonaro para o Senado.  

Na próxima sexta-feira (3), os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Silveira (PL-RJ), Major Fabiana (PL-RJ), estarão em Campo Grande junto com o representante da Frente Lealdade Acima de Tudo, do qual também faz parte o deputado federal sul-mato-grossense Loester Trutis (PL).  

A expectativa é de que os três tragam uma mensagem de união em torno do nome de Bolsonaro, que delegou à Tereza Cristina a organização de sua campanha em Mato Grosso do Sul.

 Capitão Contar, embora fiel ao presidente, não está no repertório de nenhum deles como candidato ao governo.