Ex-líder do Governo de Dilma Rousseff (PT) e delator na Operação Lava Jato, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) planeja ser candidato a deputado federal e fazer campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.
Delcídio era do PSDB até 2001 e foi ministro das Minas e Energia na gestão de Itamar Franco (MDB) e diretor da Petrobras no mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2001, ele se filiou ao PT e assumiu o comando da Secretaria Estadual de Infraestrutura a convite do então governador Zeca do PT.
Eleitor senador pela primeira em 2002, com 496,8 mil votos, ele ganhou notoriedade ao comandar a CPMI dos Correios, que derrubou estrelas petistas, como o chefe da Casa Civil, José Dirceu. Em 2006, Delcídio perdeu o Governo para André Puccinelli (MDB) ao ficar em 2º lugar com 450,7 mil votos.
Estrela em ascensão no PT, o senador foi reeleito em 2010 com 826,8 mil votos e acabou se consolidando como uma das principais lideranças do País. Em 2014 disputou novamente o governo de MS e ficou de novo em 2º lugar perdendo para o atual governador Reinaldo Azambuja. Ele assumiu o papel de líder do Governo Dilma, quando foi preso e acabou cassado.
Inocentado da denúncia pela Justiça, Delcídio tentou retornar à política como candidato a senador e ficou em 7º lugar nas eleições de 2018, quando obteve 109.927 votos, pelo PTC.
A convite do ex-deputado Roberto Jefferson, Delcídio assumiu o PTB em Mato Grosso do Sul, pelo qual ensaia novo retorno nas eleições deste ano. “O apoio a Bolsonaro é a posição do PTB. E estamos alinhados”, afirmou Delcídio ao jornal paulista. Ele disse que tem se dedicado a criar gado nelore e empresa no ramo de infraestrutura.
Informações: O jacaré