“A Embrapa lançou uma nova cultivar de uva para o Semiárido. Ela não possui sementes, tem alta produtividade e sabor de frutas vermelhas. É a BRS Melodia! Alto potencial para nosso mercado interno e externo. E eu fiz questão de levar para o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro”, diz Ministra Tereza Cristina.
A BRS Melodia foi lançada originalmente para regiões de clima temperado, mas suas características chamaram a atenção do setor produtivo que, em parceria com a Embraapa, validou o sistema de cultivo para o Vale do Rio São Francisco.
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Pesquisadores adaptam manejo de nova cultivar de uva rosada brasileira para o Semiárido.
O Semiárido nordestino, principal região produtora e exportadora de uvas de mesa do Brasil, conta agora com mais uma cultivar para se diferenciar no mercado: a uva BRS Melodia. Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético Uvas do Brasil, coordenado pela Embrapa, ela recebeu o protocolo de manejo especial para a região do Vale do Rio São Francisco.
Desenvolvida originalmente para regiões de clima temperado e lançada em 2019, a BRS Melodia chamou a atenção do setor produtivo que, em parceria com a Embrapa, contribuiu com a validação do sistema de cultivo para a região tropical. Ela partilha o nicho de mercado explorado pela BRS Vitória, a primeira cultivar de uva da Embrapa a se tornar um ícone da viticultura da região, ao quebrar vários paradigmas e ganhar espaço no mercado internacional.
O trabalho de levar a uva ao Vale do São Francisco
“As cultivares de mesa desenvolvidas pela Embrapa são bastante adaptadas às condições brasileiras, mas sempre antes de recomendar uma nova cultivar para uma região, é feita a validação em parceria com técnicos e produtores”, explica a pesquisadora Patrícia Ritschel, uma das coordenadoras do Programa de Melhoramento Uvas do Brasil.
Ela conta que a validação da BRS Melodia começou no Vale do São Francisco em 2019, em parceria com 12 produtores, em cujas áreas foram plantadas cerca de 50 mudas para testar os sistemas de condução, como latada e Y e espaçamento entre as plantas. No Semiárido, em especial, a equipe trabalhou intensamente para ajustar as indicações de poda, para melhorar a expressão da fertilidade de gemas, e o manejo dos cachos, para garantir a ausência de sementes, o sabor e a uniformidade da cor rosada, que passa a ser vermelha com o uso de bioestimulantes à base de Etefon e Ácido Abscísico, produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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