A semana política começa ainda sob o impacto da declaração de sábado (28) do presidente Jair Bolsonaro ao afirmar que lhe restam três alternativas para seu futuro próximo: “estar preso, morto ou a vitória”. Ele fez a afirmação durante encontro com evangélicos em visita a Goiânia.
As palavras do presidente tiveram o significado de “ducha fria” aos que terminaram a semana passada com a notícia de que o ex-presidente Michel Temer iniciara um processo de retomada do diálogo entre Bolsonaro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com quem o presidente trava uma queda de braço.
A informação, revelada pelo jornalista Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band, foi a de que Temer jantou com seu ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que indicou para o STF, e dele recebeu aceno positivo em relação a eventual encontro com Bolsonaro.
Já no dia seguinte, o presidente demonstrou não estar muito interessado nas tratativas.
“Eu tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, estar morto ou a vitória”, afirmou Bolsonaro, para em seguida fazer uma advertência: “Pode ter certeza que a primeira alternativa não existe, advertiu o presidente. Ele não mencionou outra alternativa prevista na Constituição: sua derrota em eventual tentativa de se reeleger em 2022. “Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém”, reforçou.
“Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar”, afirmou Bolsonaro nesse evento, denunciando o que chamou de “medidas arbitrárias” da justiça.