Agepan fiscaliza duas usinas termelétricas em campanha para garantir disponibilidade de energia

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos – Agepan vai dar início às fiscalizações dos serviços de geração termelétrica de energia na Campanha UTE Despachada Centralizadamente. O foco é avaliar o desempenho das Usinas Termelétricas (UTEs) para garantir a máxima disponibilidade de energia, verificar a regularidade técnica e operacional e checar as condições desses empreendimentos, de acordo com o monitoramento que é realizado regularmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essas atividades foram descentralizadas para a Agepan em cumprimento ao previsto no Convênio existente com a Aneel e no Contrato de Metas pactuados entre as Agências. Dois empreendimentos serão verificados.

Já prevista na programação anual, a fiscalização de usinas geradoras ganha mais importância em razão das previsões hidrológicas que apontam queda na geração das hidrelétricas e, em consequência, necessidade de despachar as térmicas para suprir a necessidade do sistema elétrico.

“Essa fiscalização é extremamente importante, porque precisamos atestar para a Aneel e para o Operador Nacional do Sistema a disponibilidade de empreendimentos geradores que podem ser acionados se houver necessidade. São usinas que não estão operando permanentemente e que precisam estar aptas a serem ativadas para suprir a demanda”, explica o diretor-presidente da Agepan, Carlos Alberto de Assis.

Campo Grande e Três Lagoas

Duas usinas de Mato Grosso do Sul foram selecionadas pela Aneel para essa campanha.

A primeira é a UTE William Arjona, em Campo Grande, que esteve em processo de hibernação e foi recentemente autorizada a voltar a operar. A usina ainda não foi reinaugurada. O escopo da fiscalização, compreende, então, aspectos técnicos como o funcionamento dos equipamentos e o contrato de fornecimento de combustível (gás natural).

No dia 7 de julho, a Aneel autorizou o início dos testes da William Arjona, com 177 MW de capacidade. A usina estava sem operar desde 2017. A reativação foi uma das medidas definidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para a garantia do suprimento energético ao longo de 2021. A usina agora pertence à Delta Geração de Energia Investimentos e Participações.

Em abril, a Agepan já havia se reunido com a empresa para tratar de questões regulatórias envolvendo o projeto de reativação, como o fornecimento do combustível pela MS Gás, que é fiscalizado pela Agência.

A outra usina a ser fiscalizada é a UTE Três Lagoas (antiga UTE Luiz Carlos Prestes), pertencente a Petrobras, na condição de produtor independente de energia elétrica. O empreendimento também utiliza o gás natural como combustível e tem capacidade instalada de 385 MW.

Procedimentos

A Agepan já iniciou os procedimentos para a fiscalização, enviando aos responsáveis pelos empreendimentos comunicação sobre a agenda de trabalho, que inclui solicitação de uma série de informações prévias e a inspeção presencial, na primeira quinzena de agosto. 

O Diretor de Gás e Energia, Valter Almeida da Silva, salienta a urgência nesses procedimentos. “Tão logo a Aneel confirmou a inclusão das usinas no Contrato de Metas da Superintendência de Fiscalização da Geração, iniciamos os procedimentos para que essas fiscalizações possam acontecer com a maior brevidade possível, pois esses diagnósticos serão primordiais para orientar a Aneel na tomada de decisões sobre a operação”, explica.  

Na UTE William Arjona, serão verificados aspectos como as manutenções realizadas durante processo de hibernação da usina; rotinas de testes no período de hibernação e testes pré-operação; equipe de operação e manutenção; avaliação da logística de suprimento de combustível (contrato e disponibilidade); manutenções programadas; plano de contingências para ameaças e riscos que possam comprometer a operação plena, entre uma série de outras questões técnicas e operacionais.

Na UTE Três Lagoas, que estava com as operações comerciais suspensa nos últimos meses, será feita avaliação da situação operacional, disponibilidade e restrições interna da usina; avaliação das indisponibilidades das unidades geradoras; avaliação das paradas para manutenções programadas e plano de manutenção para o segundo semestre de 2021; avaliação de suprimento de combustível, e demais detalhes para atestar a condição de operação.

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