Molecagem de Filipe Martins não custou sua demissão imediata porque representa um elo com uma base de apoio que é cara a Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quinta (25) que ao menos por enquanto não cogita substituir o chanceler Ernesto Araújo, duramente atacado por senadores, quarta (24) ao atender a convite para sessão da Comissão de Relações Exteriores. Quem deve perder o cargo é o assessor internacional Filipe Martins, que fez um gesto de deboche, quase obsceno, durante fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O Palácio do Planalto busca uma saída “honrosa” para o funcionário. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Ministro que já vestiu farda acha que a única “saída honrosa” para Filipe Martins é pedir demissão, poupando o presidente de constrangimentos.
A molecagem do assessor não custou sua demissão imediata porque ele representa um elo com uma base de apoio que é cara a Bolsonaro.
Em política, importa os sinais. Ao criticar a política externa do governo, Pacheco expôs irritação com o fato de o assessor não ter sido demitido.
Fontes bem situadas no Palácio do Planalto dizem que ambos são “muito caros” ao bolsonarismo e por isso devem ser mantidos.