O coronavírus provoca gastos trilionários ao redor do mundo, incluindo no Brasil, para tratar doentes e ajudar os impactados pelo surto do vírus, mas provocou certas economias, digamos, simbólicas. Fez, por exemplo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pela primeira vez passar um mês inteiro sem usar jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB). O fato é significativo porque Maia fez 772 viagens desde que assumiu o cargo, em julho de 2016, realizando um voo a cada dois dias, em média. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O último passeio de Rodrigo Maia foi um bate-e-volta em SP, em 10 de março. Aliás, acompanhado do senador Davi Alcolumbre, seu pupilo.
Só no ano passado, Rodrigo Maia viajou 250 vezes nas asas da FAB. Viaja desde o primeiro dia de mandato, ao substituir Eduardo Cunha.
O coronavírus pode ter inviabilizado a marca do milésimo voo de Rodrigo Maia, mas não se deve subestimar sua capacidade de inventar viagens.
O abuso tem nome e sobrenome: aeronaves da FAB são privativas de ministros e dos presidentes da Câmara, do Senado e do STF.